MODELO GRATUITO: RESPOSTA À ACUSAÇÃO – CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL
- ADVOGADO CRIMINAL

- 14 de jul.
- 2 min de leitura
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de _________, Estado de _________
(Processo nº ___________)
[Nome do acusado], [nacionalidade], [estado civil], [profissão], [RG], [CPF], residente e domiciliado em [endereço completo], por meio de seu defensor constituído [nome do advogado], inscrito na OAB/___ sob o nº ___, nos autos do presente feito, vem, com o devido respeito, apresentar sua RESPOSTA À ACUSAÇÃO nos termos do art. 396-A do Código de Processo Penal, em face da imputação de suposta prática do crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal), robustecendo a ampla defesa e o contraditório, consoante os seguintes fundamentos de fato e de direito:
I. DOS FATOS E DA QUALIFICAÇÃO JURÍDICA
A acusação sustenta, em síntese, que o ora acusado teria mantido conjunção carnal com a suposta vítima, menor de 14 anos, em violação ao disposto no art. 217-A do Código Penal.
Contudo, a narrativa acusatória carece de lastro probatório robusto, limitando-se a alegações genéricas e desprovidas de elementos concretos que atestem a materialidade e autoria delitiva.
O princípio in dubio pro reo (no dúvida, a favor do réu) deve prevalecer quando a acusação não logra comprovar, de forma inequívoca, a ocorrência do fato e a participação do acusado.
II. DA AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE DELITIVA
Não há prova pericial (laudo médico, exame de corpo de delito) que ateste a violência ou a conjunção carnal, requisitos essenciais para a configuração do tipo penal.
A suposta vítima, em depoimento, apresentou contradições flagrantes, o que fragiliza sobremaneira a credibilidade de sua narrativa (falsus in uno, falsus in omnibus – falso em um ponto, falso em tudo).
Não há indícios de coação, fraude ou grave ameaça, elementos indispensáveis para caracterizar o estupro, ainda que se trate de suposto vulnerável.
III. DA AUSÊNCIA DE AUTORIA
Não há prova testemunhal consistente que vincule o acusado ao fato narrado. As declarações colhidas são vagas, imprecisas e desprovidas de coerência temporal.
Registros eletrônicos (mensagens, localização, imagens) demonstram que o acusado sequer se encontrava no local na data apontada, configurando coartada material.
IV. DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E DA NECESSIDADE DE ABSOLVIÇÃO
O art. 5º, LVII, da Constituição Federal e o art. 386 do CPP consagram a presunção de inocência, somente reversível por sentença condenatória transitada em julgado.
A acusação não apresentou elementos mínimos para superar esse estado de não culpabilidade, sendo imperioso o absolvição sumária (art. 397 do CPP).
Aplicam-se os brocardos jurídicos:
"Actus non facit reum nisi mens sit rea" (O ato não faz o réu sem a intenção culpável);
"Ei incumbit probatio qui dicit, non qui negat" (A prova cabe a quem alega, não a quem nega).
V. DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
a) O reconhecimento da ausência de justa causa para a ação penal, com absolvição sumária do acusado;
b) Caso não acolhido o pleito supramencionado, a produção de provas em contraditório, com oitiva de testemunhas e eventual perícia técnica;
c) Ao final, a absolvição do acusado, com a consequente extinção da punibilidade.
Nestes termos, pede deferimento.
[Local], [data].
[Nome do Advogado]
OAB/___ nº ___
[Contato]
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