A estudante Ingrid Munk, de 25 anos, denunciou um crime de estupro durante o desfile das campeãs do carnaval, na Sapucaí. Segundo a vítima, ela foi abordada no recuo da bateria quando um homem a enforcou e a puxou para um lugar deserto. Em trecho do depoimento, conta:
Eu desci do camarote para acompanhar de perto a bateria, no primeiro recuo. E um estranho, uma pessoa que eu nunca vi na vida, começou a conversar comigo e, de forma muito rápida, me puxou para um lugar deserto e me empurrou na grade. Em seguida, ele não parou de fazer diversos ataques a mim. Ele me pressionou, tocou nas minhas partes íntimas. Ele me enforcou. Ainda sinto dor no pescoço, fiquei roxa.
A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) manifestou-se sobre o caso dizendo que repudia qualquer tipo de agressão ou assédio e que, no dia do ocorrido, não foi procurada. Afirmou ainda que a equipe de segurança contratada para atuar nos dias de desfile foi estrategicamente alocada na Sapucaí e conta com câmeras de monitoramento. Porém, ainda segundo a liga, os seguranças não foram acionados.
Já a RioTur lamentou o ocorrido e disse que está a disposição da vítima. Afirmou ainda que buscará saber se há imagens do ocorrido registradas pelo sistema monitoramento de vídeo nas dependências da Sapucaí e que acompanhará o caso com a polícia.
O caso está sendo apurado Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) do Centro do Rio de Janeiro, mas as autoridades informaram que o inquérito corre sob sigilo.